quinta-feira, 1 de julho de 2010

rascunho nº4

Volto a contar cada tique-taque do relógio para ter a certeza que o tempo passa. Não quero voltar a ter que olhar para trás.
E nós somos isto: o tempo que se desfaz a cada dia que passa.
Somos a falta de inspiração que nos cobre num dia desprovido de sentido.
Fazemos com que todos os dias sejam assim e somos levados pela maré de palavras que se fazem ouvir todas as noites, antes de adormecermos.
Éramos o brilho que o sol pedia todas as manhãs. Agora não somos nada.
Posso mesmo dizer que estamos a ser enganados pelo tempo.
Sempre me disseram que o que nos pertence regressa a nós, porque é ao nosso lado que deve ficar.
Para sempre, ou por mais um dia. Depois outro e outro, até o vazio ficar completamente preenchido.

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