Hoje falei sobre ti.
Senti um aperto enorme no coração.
Não um aperto de dor, não um aperto de angústia, mas sim de saudade.
Hoje quando falava sobre ti com a avó (tua filha) senti que ela, tal como eu, tem o coração bem apertadinho (também lhe fazes falta...).
Hoje a avó disse que tu eras: "difícil de esquecer mas fácil de lembrar", e é verdade.
É difícil, é impossível esquecer uma bisavó como tu.
E é fácil, é simples lembrar uma bisavó como tu.
Hoje com uma lágrima no canto do olho, e os olhos a brilhar de saudade descobri que esse sentimento (a saudade) é bom.
Descobri que quando se tem saudade tem-se coração, e quando se tem coração tem-se vida!
E nem sabes como é bom estar viva... Como é bom viver!
minha velhinha, tenho milhares de milhões de saudades tuas.
domingo, 4 de julho de 2010
rascunho nº 11
"A vida é o dia de hoje
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo que se esvai:
A vida dura num momento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida - pena caída
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!"
João de Deus
a vida é tão estúpida. a vida é tão estúpidamente boa
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo que se esvai:
A vida dura num momento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida - pena caída
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!"
João de Deus
a vida é tão estúpida. a vida é tão estúpidamente boa
rascunho nº 10
"Acordo todas a manhãs com este zumbido e a certeza que não vais voltar.
Cansada de me convencer que, apesar e acima do teu individualismo, estava a tal inevitabilidade a que nos subtemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti, te iria suavizar e de alguma forma fazer parte do teu equílibrio, tornamdo-me subtilmente indispensavel.
Nunca pensei enganar-me tanto. Mas só agora percebo que o teu amor por mim não foi uma inevitabilidade, mas uma escolha.
Alguém que te chamou a atenção e que, um dia, decidis-te atravessar, com a inuição certeira de um animal selvagem que procura refuguio temporário, quando está cansado.
Sei que não vinhas a fugir de nada, nem á procura de coisa nenhuma. Mas acho que quando eras pequeno, te arrancaram uma parte de ti, e desde então ficaste incompleto e perdes-te, quem sabe para sempre, a capacidade de adormecer no braços de alguém sem que penses no perigo de ficar na armadilha do carinho para todo o sempre."
Margarida Rebelo Pinto
Cansada de me convencer que, apesar e acima do teu individualismo, estava a tal inevitabilidade a que nos subtemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti, te iria suavizar e de alguma forma fazer parte do teu equílibrio, tornamdo-me subtilmente indispensavel.
Nunca pensei enganar-me tanto. Mas só agora percebo que o teu amor por mim não foi uma inevitabilidade, mas uma escolha.
Alguém que te chamou a atenção e que, um dia, decidis-te atravessar, com a inuição certeira de um animal selvagem que procura refuguio temporário, quando está cansado.
Sei que não vinhas a fugir de nada, nem á procura de coisa nenhuma. Mas acho que quando eras pequeno, te arrancaram uma parte de ti, e desde então ficaste incompleto e perdes-te, quem sabe para sempre, a capacidade de adormecer no braços de alguém sem que penses no perigo de ficar na armadilha do carinho para todo o sempre."
Margarida Rebelo Pinto
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