quinta-feira, 1 de julho de 2010
rascunho nº 5
Imagino uma história que nem sequer sou capaz de contar. Sou demasiado frágil para isso. Não resisto ao tempo nem á saudade. Grito de dor, porque nestes dias tem doído. Dói muito, cada vez mais. Dizem que o tempo cura tudo, mas também cura a saudade? Não, apenas atenua a dor. Sim, é apenas isso. A única coisa que o tempo faz é eleminar as personagens. Assistimos á peça da nossa vida e no fim, quando as cortinas se fecham, despimos a nossa pele de actores e passamos a ser meros espectadores. Da vida dos outros, penso eu. E depois gostamos de pensar que os outros corações guardam um pedacinho de nós. Gostamos também de roubar um pedacinho dos outros para guardar dentro de nós, para sorrirmos para a vida e pensarmos que está tudo bem. Mas por vezes, esses corações que aparentemente são fortes, não suportam a mudança e recusam-se a guardar um bocadinho, por mais pequenino que seja, de nós. Não são capazes, talvez por já albergarem lá pedacinhos de outr0s corações, provavelmente mais resistentes do que os nossos. E vão ficando lá, dia após dia. Até sempre.
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